A ferida de João Lyra Neto continua bem aberta
da Folha de Pernambuco
O encontro entre o governador Eduardo Campos (PSB) e o seu vice, João Lyra Neto (PSB), parece, segundo informações de bastidor, só ter alimentado a insatisfação do neossocialista com a sucessão estadual. Conforme relatos, o caruaruense teria ficado impressionado com o fato de não ter sido “informado” do porquê não seria o ungido de líder da Frente Popular de Pernambuco para a disputa do Palácio do Campo das Princesas.
O tom “não conclusivo” da conversa, como foi destacado na sua repercussão, é visto por simpatizantes da pré-candidatura do vice-governador como um indicativo de que o governador não resolverá a questão de Lyra no modelo vapt-vupt. As arestas abertas nesse processo de discussão, avaliam alguns, demorarão a decantar.
O questionamento que é feito no entorno de João Lyra é o de que o debate sucessório não estaria priorizando a política, mas um personalismo que estaria baseado em fidelidade. “Fulano é mais fiel. Beltrano está há mais tempo e nos tempos difíceis. E a política que é boa? Nada”, ressalta uma fonte.
Entretanto, há a informação de que João Lyra não pretende comentar o assunto publicamente até a sua definição. O vice-governador só deverá se posicionar abertamente quando estiver à frente do Palácio do Campo das Princesas, a partir de 4 de abril.
Do lado “socialista”, há a ressalva de que o vice-governador não entendeu que alguns de seus movimentos inviabilizaram a sua candidatura à reeleição. O seu rompimento com o prefeito de Caruaru, José Queiroz, que preside o PDT no Estado, é citado como exemplo.