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Temer faz movimento para herdar liderança do Centrão

Publicado em Notícias por em 17 de setembro de 2016

size_810_16_9_presidente-do-brasil-michel-temerDo Blog do Camarotti

Com a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no início da semana, o presidente Michel Temer iniciou um momento para herdar a liderança do chamado “Centrão”, bloco informal que reúne algumas legendas de centro-direita na Câmara.

O sinal mais claro desse movimento foi o almoço promovido por Temer na última quinta-feira no Palácio do Planalto, quando os partidos do Centrão entregaram uma carta em que manifestam apoio às medidas de ajuste fiscal do governo federal, entre elas a proposta que estabelece um teto para os gastos da União, estados e municípios.

O Palácio do Planalto avalia que esse apoio terá um custo. O Centrão quer o apoio de Temer para um candidato do grupo para a sucessão do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara. Esse movimento precoce incomoda auxiliares de Temer. Isso porque a demanda pode acabar criando um novo ambiente de instabilidade da Câmara, atrapalhando as medidas do ajuste fiscal.

Mas, segundo auxiliares, esse é um risco calculado. De forma discreta, Temer voltou a incluir o PMDB dentro da órbita do Centrão para poder aumentar sua influência no grupo. Durante a liderança de Leonardo Picciani no PMDB, houve um rompimento entre a bancada e o Centrão, que era comandado por Eduardo Cunha. Na reunião do Planalto, o novo líder do PMDB, Baleia Rossi, participou do almoço com os demais líderes do bloco.

Criado por Cunha para fazer um enfrentamento com o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o Centrão começou um processo de fragmentação logo depois que o peemedebista renunciou ao cargo de presidente da Câmara. Dividido, o bloco lançou vários candidatos ao comando da Casa, o que levou à derrota do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), o nome preferido de Cunha.

O maior sinal da implosão do bloco aconteceu na sessão de cassação de Cunha, quando ele foi abandonado até mesmo pelos integrantes do Centrão. Foi a partir desse diagnóstico, que Michel Temer decidiu atuar para liderar o bloco que ficou acéfalo sem o comando de Eduardo Cunha.

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