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Novo tumulto dentro e fora do Complexo Penitenciário do Curado deixa nove feridos

Publicado em Notícias por em 2 de fevereiro de 2015
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Do Diário
Após a rebelião registrada no sábado (31), o Complexo Prisional do Curado – antigo Aníbal Bruno – registrou tranquilidade durante as visitas de familiares neste domingo (1°), mas voltou a passar por tumultos depois de uma confusão entre detentos dos pavilhões P e I, no final do horário de visitas aos detentos Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros. Ao todo, nove detentos ficaram feridos durante a incidente, que, segundo denúncias, teria sido motivado pelo término do horário de visitas minutos mais cedo que as 15h30, o que teria revoltado os internos e começado o tumulto. Teria sido neste momento em que grupos rivais se desentenderam, mantendo a tensão no complexo penitenciário por cerca de quatro horas.
O Batalhão de Choque chegou ao local, em grande número de militares, e foi recepcionado pelos familiares com pedras e frutas atiradas contra eles, bem como gritos de “assassinos”. Muitas mulheres bloquearam o fluxo de veículos com os próprios corpos e um princípio de tumulto acabou com a polícia atirando bombas de efeito moral também do lado de fora do Complexo. Na parte de dentro da unidade prisional, muito tiros foram ouvidos. Por volta das 20h, dois ônibus do Batalhão deixaram o presídio, alegando que a situação já estaria controlada.
O tumulto teve início menos de 24 horas depois da confusão causada pelo atraso da liberação das visitas íntimas, registrada neste sábado, quando um detento morreu e outros quatro acabaram feridos, de acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização. Por impedirem a entrada de alimentos e fazerem a vistoria pela Operação 100% Legal, o que liberava as visitas apenas às 8h30, em vez das 7h30, muitas mulheres começaram a gritar, o que motivou reação por parte dos detentos que atiraram pedras contra os guardas, dando início à rebelião.
Os próprios agentes penitenciários controlaram a situação, fazendo uso de gás de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral e o Batalhão de Choque da Polícia Militar, apesar de acionado, acabou nem entrando no Complexo. David Bezerra dos Santos, de 20 anos, teve graves ferimentos e chegou a ser socorrido ao Hospital Otávio de Freitas, mas acabou morrendo na unidade de saúde.

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