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Cerca de 100 devem ser expulsos do PT pernambucano

Publicado em Notícias por em 14 de novembro de 2014

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do Diário de Pernambuco

Depois de empurrar com a barriga os casos de infidelidade partidária ocorridos em 2012, na eleição do Recife, o PT estadual decidiu agir de forma diferente este ano. Cerca de 100 lideranças petistas devem sofrer penalidades que vão da advertência à expulsão. A decisão foi tomada numa reunião na última terça-feira, por meio de um indicativo partidário, mas será ratificada num documento na próxima segunda-feira. Os nomes ainda não foram divulgados e o partido ainda está recebendo denúncias, mas é certo que há cinco prefeitos da sigla, presidentes de diretórios municipais e três vereadores.

A decisão de expulsar os infiéis vai seguir alguns ritos próprios do PT. A executiva estadual vai apresentar uma resolução na segunda-feira que deve ser aprovada pelo diretório estadual do partido numa reunião programada para o dia 6 de dezembro. Os citados têm direito de defesa.

Os casos de infidelidade foram levantados por uma comissão formada pela presidente da sigla no estado, Teresa Leitão, pelo vice-presidente, Bruno Ribeiro, e pelo tesoureiro, Cirilo Mota. Entre nomes conhecidos que enfrentarão sanções, encontra-se o de Gilson Guimarães, membro da executiva nacional, e o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto. Gilson assinou um documento público declarando apoio à candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao governo do estado, enquanto Oscar Barreto chegou a se encontrar com o socialista num café da manhã, no Mercado da Encruzilhada, às vésperas da eleição do primeiro turno.

O PT tomou a decisão após fazer um balanço das eleições, discutir um calendário de atividades e debater o papel que o PT do Nordeste quer ter no próximo governo Dilma. Segundo Teresa Leitão, os que estiveram presentes na reunião da executiva também fizeram uma reflexão grande sobre o sentimento das urnas no primeiro e no segundo turno das eleições. Ela lembrou que a sigla teve uma derrota grande no primeiro turno, ao não eleger o senador (João Paulo), ao perder todos os deputados federais (4) e ter a bancada estadual reduzida de quatro para três. “O recado dado ao PT foi muito duro e temos que decidir como vamos dialogar com essa massa que não apoiou o PT (do estado) no primeiro turno, mas apoiou a reeleição de Dilma”, ressaltou Teresa, lembrando que uma das respostas será expulsar os dissidentes do projeto do partido. Gilson Guimarães não foi localizado pela reportagem.

Teresa Leitão acrescentou, ainda, que 83 dos nomes levantados pela comissão tem indicativos de expulsão por terem assinado um documento público de apoio a Paulo Câmara. Gilson Guimarães, por exemplo, está entre eles. O petista justificou, na época, que o senador Armando Monteiro e o deputado federal João Paulo, respectivamente candidatos ao governo e ao Senado não estavam fazendo campanha para Dilma. Um argumento frágil, uma vez que o próprio Paulo Câmara estava com um discurso de oposição duro contra a presidente durante a campanha. No segundo turno, o socialista também defendeu a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, porém Dilma venceu no estado com mais de 70% dos votos.

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