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João Veiga se pronuncia sobre ação do MPF. “Não deixaria pacientes de quatro emergências, uma maternidade e um SAMU sem alimentação”

Publicado em Sem categoria por em 23 de janeiro de 2014

O médico João Veiga se pronunciou no início desta tarde sobre uma ação de improbidade movida contra toda a equipe da Secretaria de Saúde de Olinda da gestão Luciana Santos, da qual foi Secretário na época.

“O setor de comunicação social do Ministério Público Federal, mandou a notícia da abertura de processo para todos os blogs e jornais e esqueceu de nos notificar.

Como ordenador de recursos públicos Secretaria de Saúde de Olinda, já respondi vários questionamentos do Tribunal de Constas e do Ministério da Saúde. Todos os questionamentos feitos foram respondidos e arquivados.

Não há como você gerir a saúde de um município com 400 mil habitantes, com demandas emergenciais e vitais e cumprir alguns prazos estipulados por lei.

O que fiz foi autorizar a contratação de firmas para fornecer alimentos a  quatro emergências 24 horas que Olinda tinha, uma maternidade com 25 leitos lotadas de gestantes e um SAMU-192 que atendia toda região metropolitana norte.

Escolhemos uma modalidade de compra legal, e pela urgência, não optamos pela modalidade mais formal. No processo não tem dizendo que compramos mais caro ou que não houve entrega da mercadoria.

Não me arrependo de ter tomado a decisão de não deixar pacientes e funcionários sem alimentação e prestarei todos os esclarecimentos em relação a essa medida de exceção tomada pela nossa gestão.

Talvez se fosse filmado um médico dentro da emergência do HR, atendendo uma paciente baleada no peito e esse médico realizasse a abertura do seu tórax com uma lâmina de bisturi usada e  sem usar luvas estéreis, fazer a sutura de uma lesão de um coração usando material cirúrgico que já tinha sido usado em outro paciente e ter autorizado o uso de sangue sem fazer provas de compatibilidade, com certeza se tinha elementos para processos éticos contra esse ato e esse médico.

Fiz os dois atos por julgar ser fundamentais e não poderia me esquivar de agir por conta de formalismo, mesmo que legais, mas que poderiam causar prejuízos maiores.

Nos dois casos fiz por optar pelo que julgava certo, mesmo sendo processado hoje e mesmo podendo ter sido processado ou me contaminado no caso da turista israelense. Mantenho a minha cabeça erguida mesmo que ela possa tá ensanguentada pelos golpes do destino.

E não tutubiarei em decidir pelo ser humano, nem ontem e nem nunca.

Firme na luta,  João Veiga.”

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